Bem-Vindos ao Meu Blog =^·^=

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Neste Blog vc vai encontrar um poukinho de tudo. Ele reflete minhas opiniões, meus gostos, desgostos, saudades e tudo mais que me der na kbç. Vale lembrar também que as imagens, os comentários, as frases aqui disponibilizadas, tudo pode ser encontrado na Internet, ou seja, acredito que seja de domínio público.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Acabara de chegar...


Tinha tudo para ser um dia bom, e não foi. Acabara de chegar de um manicômio, e acabara de chegar em outro: meu lar. Não basta chegar quieta e dirigir-se para o seu ninho, é preciso de todo um repertório. E eu não estava afim, não mesmo. Preferia ir para o último cômodo dali e acabar de ler um livro que ainda estava pela metade. Impossível ou possível? O importante é que não acabei, restaram poucas páginas. Eu já estava tão irada, tão louca de raiva que um comentário fútil me faria uma doida digna de hospício. Com direito a camisa de força e injeções. Me daria a coragem de pegar a mais afiada faca e enfiá-la perto do coração, para não ter que morrer, apenas para lembrarem que eu existo. Me daria a vontade de fujir daquele horrendo lugar e batalhar por tudo o que eu queria, conseguir, e esfregar na cara de todos e gritar, cuspir: ‘Oooolha, agora implorem por a minha presença, que eu não vou querer dar’. E fiquei, fiz, saí. Efêmero. Entrei no banheiro quase bufando, bati a porta e logo em seguida arranquei toda a roupa, principalmente o sutiã, que por mais incrível que pareça, hoje o vi por inteiro. Comecei a chorar de tanto ódio que sentira, sentia. Liguei o chuveiro e fiquei lá, me apoiando na parede e sentindo uma água fria descer e depois descer novamente pelo ralo. Meu choro era tanto que as lágrimas se misturavam com a água, e eu ainda conseguia sentir o quente e o doce das lágrimas passar pelos meus lábios, longe um do outro. Eram gritos desesperados. Gritos calados. E ali havia a presença da ilustre Rainha. Rainha das idiotas. Eu culpava Deus por tudo o que havia de errado em minha vida, por tudo o que eu queria e não tinha. Olhava para cima e tentava gritar o mais baixo possível: ‘Tudo culpa tua! Por quê não me destes tudo? Não é tão fácil para você? Então faça!’. Hoje, depois de lembrar desta cena ridícula, vejo o meu olho vermelho e inchado. Meus pais olhando com cara de dó para mim. Minha irmã rindo. Eu aqui. Nada adiantou, continuou tudo o mesmo.

♥ imagine a subject

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